sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Delitos de uma fã

Há uns quinze dias comecei a ler um livro muito importante em minha vida. É relativo à minha banda favorita, Scorpions. Nunca sabemos até que ponto conhecemos aqueles que nos inspiram, nos faz sonhar, voar mundo afora. Só sei que, por incrível que pareça e por mais óbvio que seja, nunca sabemos demais. A leitura é algo muito além do que possamos desfrutar, é um modo de vivenciar aquelas experiências proporcionadas em suas páginas. E eu, a tola e quase tão ingênua em muitos aspectos, mergulhei naquele universo que até então desconhecia: Scorpions - minha história em uma das maiores bandas de todos os tempos.
Herman Rarebell, baterista dos tempos clássicos do grupo, foi aquém e além de sua história com os músicos alemães. O ex-integrante conta, ora direta ou por entrelinhas, tudo que sentia durante a época com a maior banda de hard rock da Alemanha. Sua infância, seu interesse pela bateria, seus anos de juventude, seu trabalho como lavador de pratos em pubs ingleses, seu envolvimento com as drogas, seus relacionamentos amorosos, são tópicos abordados nas trezentas páginas do livro, em maior ou menor proporção. O que, talvez, tenha mais me chamado a atenção, durante a leitura, foi a maneira com a qual o alemão conduziu sua história, com muito humor e sabedoria. Herman "Ze German", como é conhecido (Herman, O Alemão), não só me propiciou momentos engraçadíssimos, fazendo alusões a coisas totalmente fora de contexto, mas também ampliou minha visão sobre a banda. É natural que os fãs, de maneira geral, idealizem seus ídolos e sacralizem suas imagens, no entanto, é muito interessante notar como são as coisas por um outro lado, sob uma outra órbita. Estou falando das minhas experiências adquiridas sobre os escorpiões, a partir de uma leitura singular do ponto de vista de um dos membros que contribuiu para o sucesso da banda. Sim. Minha imagem sobre o Scorpions tornou-se mais vasta - primeiro porque a leitura de um livro é muito mais profunda do que simplesmente ler um resumo pela internet, e segundo por se tratar de uma visão de um dos músicos que algum dia já fez parte daquele conjunto.
Rarebell conseguiu me atrair pela veracidade que julgo estar embutida naquelas folhas: diferentemente de outras autobiografias, esta é totalmente acronológica, despadronizada. A saber, o baterista começou escrevendo sobre o sucesso de um dos maiores hits do grupo: Wind Of Change. Contou, logo no primeiro capítulo, como se sentiu perante aos milhares de russos que nunca tivera visto antes, como foi ser parte da primeira banda Ocidental a pisar na antiga União Soviética. Descreveu, de maneira ímpar, o encontro do Scorpions com Mikhail Gorbatchev, afirmando ser este um dos maiores líderes políticos da história, não só por sua evidente inteligência, mas pelo ser formidável que tinha conhecido e trocado tantas risadas.
Herman "Ze German" trouxe tantas informações novas para mim, que além de me proporcionar grandes momentos de deliciamento, dúvidas dessas mesmas informações pairaram em minha cabeça. Agora, eu me pergunto: é verdade que normalmente tanto os bateristas quanto os baixistas trabalham na "cozinha" da casa, e por causa disso, às vezes esses músicos não recebem os devidos créditos em seu trabalho. Mas, como explicar a maneira como Rarebell saiu da banda e suas constantes afirmações ao longo do livro, dizendo que ama os outros integrantes como irmãos? O que, basicamente me deixou em dúvida foi talvez esta ideia paradoxal mostrada implicita ou explicitamente em seus dizeres. O baterista, que afirma ter saído da banda por não gostar das novas músicas feitas e da desproporção em relação às "fatias da torta", revelando que merecia mais dinheiro do que recebia, declara um amor incondicional por Klaus Meine, Rudolf Schenker e Matthias Jabs. Como se explica isso? Me pareceu tão contraditório o penúltimo capítulo do livro, que me vejo não só como uma fã, mas como uma pessoa que deseja conhecer a verdade e a clareza de algumas questões.
A pergunta que não quer calar é totalmente pessoal e inerente às pessoas que tiveram a oportunidade de ler o livro e tirar suas próprias conclusões. Agora, o que certamente faz com que a leitura valha a pena é a fome por mais versões e conhecimento. Herman Rarebell pode ter tido maravilhosos e frustrantes momentos em sua carreira, mas como ele mesmo diz, "o que me levou a escrever um livro com ironia era a garantia de que, ao final, todos se divertiriam e compreenderiam o espírito da minha vida como um Scorpion". E é por entre dúvidas e certezas, que trilho uma história que não mais me faz enxergar como escrevo, mas porque estou escrevendo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Scorpions - Love At First Sting

Sensualidade. Paixão. Atração. São três das várias palavras-chave que se encaixam no quadro geral das músicas da banda de hard rock alemã Scorpions. Amor - talvez seja esse o substantivo mais digno para descrever o complexo característico de cada canção escorpiana: o cantor, com todo seu volume de voz atípica, consegue expressar em menores ou maiores circunstâncias o sentimento humano que mais causa intrigas, dores ou felicidade. 
Scorpions não é uma banda qualquer, não possui um padrão unilateral de trabalho. Mas, com combinações musicais sonoras heterogêneas, o grupo conquista uma originalidade literalmente inconfundível. Identidade sólida e som único, - resultado de muita caminhada, tropeços, avanços, vitória. É a banda que, em todos os momentos que passou, continuou de pé, buscando e aprimorando o que fazem de melhor: a música.

Capa do nono álbum de estúdio, Love At First Sting
E é por isso, por causa desse amor à música, que conseguiram realizar um dos álbuns mais sucedidos de toda a história do rock n' roll: Love At First Sting. Lançado em 4 de Maio de 1984, o disco é o nono trabalho dos alemães. Com riffs bastante melódicos e profundos de guitarra, os bad boys deixam sua marca registrada em uma das baladas mais belas do mundo: Still Loving You. A canção, que chegou a ocupar a 22ª posição do VH1 das 25 Greatest Power Ballads, fez a trilha sonora de muitos casais apaixonados dos quatro cantos do planeta. O sofrimento amoroso, a voz apaixonante e inconfundivelmente poderosa de Klaus Meine, fez com que muitos corações chorassem à falta ou excesso de um amor incontrolável. E, de uma forma ilustre e não menos nostálgica, Rudolf Schenker representou o mais forte e fiel possíveis esse sentimento por meio de um belíssimo solo ao final da música. Mas, o sucesso dos escorpiões não pára por aí: outros grandes hits como o hino Rock You Like A Hurricane e Bad Boys Running Wild compõem o clássico álbum. Com guitarras extremamente distorcidas, a dupla Schenker-Jabs faz barulho até demais! Em ambas canções, a banda revela seu lado mais rebelde: o instinto animal violento e a necessidade de extravasar emoções através do erotismo e atitudes ousadas. Uma passagem da letra de Rock You Like A Hurricane exemplifica isso: "My body is burning, it starts to shout. Desire is coming, it breaks out loud. Lust is in cages, till storm breaks loose. Just have to make it with someone I choose" (Meu corpo está ardendo, começa a gritar. O desejo está vindo, ele estoura ruidosamente. Luxúria presa até que a tempestade a liberte. Só tenho que fazer com alguém que eu escolha).
É curioso notar que, embora Scorpions seja uma banda de hard rock, com elementos do heavy metal, é um conjunto que mescla muitos estilos em uma única música, como em Coming Home. O single que começa mais lento, praticamente sem hedonismo musical, faz emergir um sonzaço à base de riffs nitidamente velozes e inconometráveis. Confira a música abaixo.


Os alemães de Hannover, dentre suas outras músicas, conseguem uma façanha como poucos: o rock como uma vertente musical a ser admirada e não subestimada. As músicas, que transbordam emoções à flor da pele, sensibilizam e tocam no fundo de nossos sentimentos mais íntimos, mais singelos, mais intrínsecos à cada um de nós. E é isso o que mais me atrai: o "feeling" proveniente de um mix de guitarras distorcidas e melodias apaixonantes, oriundas da ferroada mais ardente de todas: Scorpions.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Top 10 músicas para se ouvir com chuva

Uma das grandes vantagens de ficar em casa na chuva é poder ficar fuçando e procurando músicas no youtube ou em sites agregadores de conteúdos artísticos. Há coisa melhor para se fazer em um dia monótono? Com certeza não! Não há nada melhor do que usar a criatividade imaginativa e conhecer faixas musicais que preencham nosso dia à base de entretenimento introspectivo.
Compartilho, então, dez músicas para se ouvir em um dia de chuva, e que, na minha opinião, são bastante relaxantes.

10. Supertramp - It's Raining Again
















9. Bread - Guitar Man
















8. The Carpenters - Rainy Days And Mondays
















7. Tears For Fears - Closest Thing To Heaven
















6. A-Ha - Crying In The Rain
















5. Elton John - Benny And The Jets
















4. The Doors - Roadhouse Blues
















3. Billy Idol - Eyes Without A Face
















2. The Smashing Pumpkins - 1979
















1. Jan Hammer - Crockett's Theme
















Espero que gostem!

readytorolling

domingo, 25 de novembro de 2012

teatro anônimo

Excessividade sem exceção preocupação exacerbada é preocupante digo isto porque uma menina de uns 13 ou 14 anos é muito preocupada com as provas acha que nunca vai dar tempo de estudar pensa que um dia inteiro é muito pouco e muita coisa para começar a produzir algum tipo de reflexão mas nada se produz enquanto pensa excessivamente constatou ela verdade é o caso de uma garota com sérias crises de alto-estima não diria isso exclusivamente acho que o tempo não está lhe ajudando sente que as horas evaporam sem mais nem menos como as terríveis noites que tanto os fantasmas lhe assolam para dormir nem isso ela consegue: pegar no sono ela fica zonza zonzando zunindo palavras de luz evocando pela paz que tanto precisava em um mundo tão acelerado não tem mais lugar para o descanso é um descaso com todos nós ela não pára para fazer outras coisas está angustiada tonta irreverente ápatica cansada querendo sentar em sua poltrona e desligar a luz ou melhor acender a luz invisível aos seus olhos mas necessária em seu cotidiano em sua vida de menina atarefada que não tem tempo para mais nada nem para escrever um texto que tanto ama ou uma crônica que tanto mais era um desabafo do que qualquer outra coisa a crônica era uma benção não precisaria explicar por que escrevia só transcrevia o que sentia e do que gostava e não gostava era assim um livro sem ponto como isso aqui que para ela tá mais do que uma crônica é um humor sem graça uma peça monótona cujas cortinas nem abrem nem cessam mas ventam diariamente em um teatro anônimo

domingo, 4 de novembro de 2012

Ser ou não ser opinião?

Vejo muitas pessoas, inclusive eu, vendo-se obrigadas a ter uma opinião sobre as coisas. Repetindo: muitas pessoas. Não que todas sejam assim. Mas, para que ter opinião? E, ainda por cima, uma opinião artificial, em prol das pressões internas e externas de se enquadrar em um mundo cada vez mais desumano? Não sei. Aliás, isso dá nojo. Somos obrigados a formar opinião sem vontade alguma. Sem interesse natural, que nasça de nossa própria vontade de aprender e assimilar diversos assuntos...
Sim, isso está ficando cada vez pior. Deveríamos nos sentir livres e sem obrigação alguma de opinar. Porque, aliás, a opinião mais sincera sai de forma natural, espontânea, desinteressada. Só penso isso. Não quero impor minha opinião como a correta, como a Verdade. Quem sabe, não seja apenas uma verdade relativa? Que partiu de mim, da minha livre vontade de expressar minha opinião sobre opinião - e isso é gostoso, saudável. Temos vontade de conversar com outras pessoas, sem precisar provar que conhecemos tudo e a todos.
Apesar disso, não podemos negar que gostamos de demonstrar que temos um certo interesse, uma certa tendência a julgar uns aos outros, de acordo com suas respectivas respostas, opiniões ou falta de opinião. Por que fazemos isso? Não sei dizer. Só digo que até o "não sei dizer" é uma opinião. Então, teríamos todos, de um jeito ou de outro, uma opinião? Sim. E pondero: para mim, a opinião nada mais é do que a liberdade de dizer de não se ter uma opinião.

domingo, 28 de outubro de 2012

Roger Federer: um espetáculo à parte

Roger Federer. O maior de todos. Nunca imaginei, em toda minha vida, que poderia vê-lo de perto um dia. Pois bem, poderia. Digo isso por que o suíço estará em São Paulo nos dias 06 e 08 de dezembro de 2012 para duas partidas-exibição no Ginásio do Ibirapuera, e, lamentavelmente, os ingressos já estão esgotados. Todos. Então, não poderei desfrutar deste momento ao vivo, de estar ao lado do meu ídolo.

Ídolo que mexeu com o meu coração desde os meus doze anos. Na época, não sabia o que era tênis ao certo, o que era ser fã de alguém, de um grande nome do esporte mundial. Era muito nova. Não conhecia as regras do jogo. Entretanto, comecei, curiosamente, à assistir as partidas de tênis -- não sei se por influência de meu irmão mais novo, que praticava o esporte, ou se foi por causa de meu pai, que acompanhava todos os jogos pela televisão. Só sei que é um dos atletas de maior notoriedade e humildade do mundo inteiro.

Conforme assistia às partidas de tênis, reparava que havia um certo jogador que sempre chegava às finais dos torneios, desde os menores aos majors ou Grand Slams. Era ele, Roger Federer. Um personagem peculiar, que tinha um estilo próprio de jogar. Esbanjava amor ao esporte, à cada jogada executada dentro da quadra. O cara que fazia sua própria arte com sua exoticidade. Suas jogadas geniais, seus slices perfeitamente executados faziam os adversários correrem -- e muito -- atrás da bola. Suas direitas potentes empurravam os oponentes para detrás da linha de base; belas esquerdas com angulações eram metidas na paralela e na cruzada de seus fregueses. Sem muita força ou potência, mas com muito jeito e técnica, sacava Roger Federer para dar um ace e fechar a partida, para a euforia de seus torcedores.

O suíço número um do mundo era assim: um gentleman dentro e fora da quadra. Com um visual elegante e todo de branco, pisava no Complexo do All England Club para triunfar mais um título de Wimbledon e, logo depois, nas noites charmosas londrinas, participar do jantar de gala ao lado de toda sua equipe técnica e de sua família. Uma pessoa que, durante o dia, brincava e cuidava de suas filhas gêmeas, ao lado de sua esposa Miroslava Vavrinec. Um esportista que, com todo seu carisma e simpatia, concedia entrevistas coletivas com a maior paciência, autografava camisetas e raquetes de tênis de seus incontáveis fãs, tirava fotos com a maior satisfação e orgulho em reconhecer o quanto era amado, vangloriado e respeitado pelo público. Um cidadão que atua como embaixador da Unicef e se propõe a ajudar crianças necessitadas: Roger Federer é definitivamente um modelo exemplar de ser humano a ser seguido por todos.

O suíço que, durante 301 semanas no topo do ranking da ATP, concretizou-se como o melhor jogador de tênis da história. O atleta que coleciona o maior número de Grand Slams disputados: 17 em simples em todos os pisos. Um exímio competidor que, anualmente, é homenageado pelos seus feitos históricos, virando até nome de rua em uma cidade da Alemanha. Federer já ganhou inclusive uma representação em forma de estátua. Um ídolo que virou a página do esporte e que, pela primeira vez na vida, virá ao Brasil para jogar e conhecer a diversidade das riquezas naturais e culturais do país. Um campeão que, certamente, me deixa em prantos e angustiada em não poder vê-lo daqui a dois meses. Um homem que, mais do que uma referência na minha vida, é uma paixão que alimento e que me faz feliz.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amizade

Amizade


Amizade. Vem cá, meu amigo!
Deixe-me lhe fazer rir.
Falar-lhe das mais puras bobagens
que do meu coração eu não consigo
me esconder; rir descontroladamente
de minha molecagem.

Sou tão insana, a mais pura criança.
Procuro a amizade para saciar
a minha eterna vontade
de me sentir feliz. 

Tantas dores e mágoas sinto
que não hesito: procuro a amizade.
Ela que é tão pura, capaz de curar 
as feridas do meu coração. 
Meu nobre coração apaixonado
que nunca desistiu daquela canção.

Por isso, procuro a amizade.
Ela que é tão virtuosa, capaz de despertar
a criança que sempre fui e as bobagens
da menina que sempre contemplou... a amizade.


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

The Great Gig In The Sky



É engraçado... já faz um bom tempo que pensava em escrever sobre esta música, The Great Gig In The Sky, do Pink Floyd. E só agora me deu vontade de fazer um post sobre isso, já que estou sem fazer nada, em plena segunda-feira!
Enfim... acho importante dizer que estou com sono. E daí? Isso é um problema meu! Que diabos essa menina está falando? É que assim... eu ouço esta música quando estou sonolenta, verdade. E minha inspiração veio em um momento hipnótico, sem mais, nem menos. Aliás, me desperto ao escutá-la, porque mesmo com sono, meu cansaço corrompe-se e se transforma em matéria-prima para uma livre e desnorteada reflexão a qual fui incumbida de busca permanente: a liberdade de viver.
É paradoxal dizer liberdade de viver, quando na verdade, a morte, nessa música, é o que realmente importa. É o que eu sinto pelo menos quando a ouço. Mas, para mim, a vida e a morte são sinônimos. A vida e a morte gritam, contemplam a ideia de liberdade, agonia, sofrimento. Seria isso que as mulheres cantam no vídeo? Diria que sim, na minha mais pura concepção de vida e morte.
E quando as duas se encontram, o viver e o morrer, há uma grande explosão no céu, a true sparking, porque querendo ou não, somos feitos de vida e de morte. Ganhos e perdas. A certeza e a incerteza que temos ao viver culminam em um estado de espírito que jaz não vos pertence mais. A morte. Ela que nos leva e deixa nosso maior legado: a música como uma ponte celestial-terrestre.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Saudade

Saudade do quê? De quem? Não se sabe. Ouvir e dizer a palavra saudade, à toa, é uma falta de respeito consigo mesmo. Para tudo há limites, inclusive se o ataque não for um ataque sincero. Mas, se a saudade lhe aperta, olhe nos olhos da pessoa querida, sorria para ela e lhe abrace. Pois, sentir isso na pele é a coisa mais gratificante do mundo. 
E o ato mais grandioso da alma humana.

sábado, 15 de setembro de 2012

Scorpions - The Final Sting World Tour 2012

Por incrível que pareça, estou me sentindo feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz, porque minha banda favorita fará um show em São Paulo, daqueles inesquecíveis. Triste, pois será sua última turnê da carreira, os alemães já vislumbram a aposentadoria.
Desde pequena, sempre gostei de músicas antigas, aquelas dos "tiozinhos" que tanto o pessoal fala. Não posso afirmar que foi meramente influência do meu pai, que aliás, tem um belo gosto musical. Foi mais do que isso. Acho que sempre desenvolvi um lado mais introspectivo, filósofo, questionador. Porque à medida que ouço a melodia do pop dos anos 70 ou 80, me vejo cada vez mais sensibilizada. Tocada pela voz dos cantores, do refrão apaixonante, dos instrumentos diversos. Novas sensações são despertadas, ideias, desejos. É uma mistura de emoções, que senão proporcionadas pela musicalidade, não chegam com tamanha intensidade. Digo isso por um único motivo: nossa maior força vem do som do coração, que é toda canção que nos cativa e nos permite apaixonar... ter paixão pela vida, pela natureza, pelas pessoas ao redor. Por isso, a sonoridade é tudo; sem ela, não há existência de qualquer felicidade ou sentimento de tristeza, estados absolutos da beleza da alma humana. É por essas e outras, que tanto prezo por uma boa música, que me compenetre por completo, me liberte de meu ego.
Encontrei então o que menos esperava: o rock. O hard rock que se resume em uma única palavra de amor: SCORPIONS. A primeira banda de heavy metal que me envolveu por inteira. Nunca tinha passado pela minha cabeça, até então, que seria tão fã desses caras, do "furacão alemão". Jamais. Meu lado rebelde sempre se manifestou de outras maneiras, com outras músicas... mas não por um simples grupo sessentista que, apesar de todo seu perfil rock n' rollístico, o romance era seu principal alvo. Sofrimento amoroso,  que ora era impulsionado por uma paixão entre dois seres, ora camuflado sob a responsabilidade de honrar uma pátria, um país. O mundo. E isso, os músicos fazem muito bem. Suas letras se apropriam de um estilo totalmente único, expressivo, inovador. O som distorcido das guitarras remete à um grito épico, revolucionário. E mais uma vez, o amor entra em voga para todos que procuram incessantemente. 
São tantas as qualidades da banda, que nem mesmo a retórica convencerá os que leem. Só quem ama sente e consente. Que o luto do dia seguinte não seja, porém, tão intenso quanto aos ventos de câmbio que me guiaram para uma mesma direção: a eterna paixão pela maior banda de todos os tempos. Scorpions.

SCORPIONS - WHEN YOU CAME INTO MY LIFE


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

KISS e Motley Crüe?

Boatos seguem sobre a possibilidade de uma turnê em conjunto das duas bandas de heavy metal pelo Brasil. Se tudo estiver confirmado, segundo o portal G1, KISS e Motley Crüe estarão presentes nos dias 14 de novembro em Porto Alegre, 16 no Rio de Janeiro e 17 em São Paulo.
Ambos os grupos atingiram grande sucesso comercial e internacional no mundo inteiro, seja pelo estilo exuberante e extravagante ou pela potência de seu rock pauleiro.
Abaixo, vídeos de músicas famosas das bandas.

KISS- FOREVER


MOTLEY CRÜE - GIRLS GIRLS GIRLS




quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Deep Down

Meanwhile, they were all fighting for nothing. Why do we fight? If the fight itself brings nothing at all. The best fight we will ever come across is right inside our heads: the ability to remain relaxed and set ourselves free. 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Rock Of Ages: uma ideologia a ser seguida?

Era uma vez o rock. Um som tipicamente barulhento ou noisy, se preferir. As pessoas, desde sempre, ou melhor, desde os primórdios do surgimento dessa "grotescagem", sempre o consideraram uma música do diabo, do capeta - atrelada ao sexo selvagem e ao uso excessivo de drogas. E isso, coincidentemente, era verdade: a maioria das bandas de rock caía na farra e na folia. O prazer de recriar doutrinas e princípios pró-revolucionários sempre norteou o pensamento desses grupos, o que fez com que o rock assumisse características sonoras extremamente vibrantes e, por que não, caóticas.
Os estereótipos definidores da música de Presley aparecem, inclusive, na telinha do cinema: no filme Rock Of Ages, estrelado por Tom Cruise, a vertente musical é motivo de protestos alheios, personagens arrojados e amor sensual. Se o rock se reveste por um brilho intenso e extenso, o elenco do musical é fiel à excentricidade do ritmo: muita dança, energia, revolta, ousadia, descompromisso. Alegria que o rock irradia e permeia no coração dos fãs. Stacee Jaxx, personagem interpretado por Cruise, é uma estrela de rock e ídolo musical que, apesar de sua enorme fama e sucesso, causa controvérsias à respeito de sua imagem. Com personalidade similar a de Axl Rose, vocalista da banda norte-americana Guns N' Roses, Stacee Jaxx vive preso em seu mundo artístico, consumindo diversas bebidas e drogas, além das noitadas de sexo selvagem com lindas mulheres vulgares. É um homem lunático e, por vezes, arrogante, fato ilustrado ao conceder uma entrevista à uma repórter da revista Rolling Stone. 
O filme se desenrola de maneira bastante cativante, com muitas cenas surpreendentes e apaixonantes. Cabe agora, meu caro leitor, algumas perguntas a você, que deixo em aberto para futuras discussões reflexivas. O rock usa máscara? Ou melhor, será que os roqueiros autênticos têm realmente a necessidade de usar máscara e seguir as doutrinas do rock, religiosamente? Aos fãs de rock: a idéia estereotipada de ser gótico(a) é o que realmente nos faz roqueiros?

Um abraço,

readytorolling.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Eu, Obrigada

Sabe... Quero agradecer a Deus, pois estou com muita vontade de escrever e mostrar como sinto. Passei dias difíceis, mirabolantes, de dores e cheia de preocupações comigo mesma. Nunca pensei que minha saúde fosse algo tão crítico, a ponto de me fazer sair de controle e ter arritmias como tive, até então.
Por isso, obrigada a todas as forças energéticas e espirituais do universo. 

domingo, 5 de agosto de 2012

Respaldo

Quando olhava em volta, mil pensamentos a tomavam por completo. Mas, quando olhava fixamente, não renunciaria o que via, o que sentia. Não sabia, afinal, que ela era passiva de emoções, mesmo se tentava resguardá-las. Não gostava de falar muito de si mesma para os outros; procurava naqueles o calor humano que tanto precisava para se aquecer nos dias frios. Mas, era calada. Tão quieta que falava o tempo todo; observava o comportamento de seus amigos, colegas, pessoas do além. Por que tudo lhe parecia estranho? Pensava. Se esticava toda no chão gelado, ficava a se alongar; se esgotava. Chorava escondido também. Porém, quando se emocionava, sempre compartilhava: gostava de contar aos entes queridos suas surpresas, conquistas, vitórias. Sorrisos. Esbanjava sorrisos sinceros algumas vezes. Forjava caretas, posturas, comportamentos que lhe ajudavam no cotidiano. Todavia, gostava de escrever e ouvir música. Jamais fora infiel a esses dois empecilhos artísticos... Empecilhos porque, durante toda sua vida, seus maiores desafios sempre foram emancipação ao escrever  e sentir do fundo do coração todos os sentimentos e emoções aos quais estava sujeita à flor da pele: desde o som aromatizante das teclas de um piano às batidas imprevisíveis, impetuosas e oscilantes de uma guitarra. Por isso, odiava e amava a música em dois tempos: era a única que conseguia ler seus pensamentos, aspirações, sentimentos. E isso, lhe doía às vezes: desligava o rádio com pudor. 
Com tanto constrangimento embutido, desinibia-se ao escrever: admitiu, por fim, sua falta de desprendimento ao decretar seus textos.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Jogos Olímpicos 2012

Hoje assisti a alguns jogos do Brasil, tanto da parte masculina quanto da feminina. Dos jogos e modalidades que vi, gostaria de fazer algumas observações:

1º - Acompanhei o jogo da dupla de vôlei de praia Juliana e Larissa e vi o quanto essas meninas têm garra e vontade de conquistar a medalha de ouro olímpico. Esta é a primeira participação de Juliana em Jogos Olímpicos. As duas esportistas estão juntas desde 2004.

2º - Outra dupla de vôlei de praia, Ricardo/Cunha venceu os britânicos por 2 sets a 0, com facilidade. É o primeiro jogo e primeira vitória dos brasileiros nas Olimpíadas, encontrando-se em terceiro lugar em sua chave.

3º Sob o comando do técnico Zé Roberto, as meninas do vôlei perderam diante do grande time dos Estados Unidos por 3 sets a 1. O vôlei, como se sabe, é um dos grandes triunfos do Brasil. No entanto e, apesar da derrota das brasileiras, esta foi apenas a estréia e primeiro jogo do time brasileiro em Londres.

4º Com relação ao basquete, o time comandado pela armadora Adriana, não foi capaz de deter a Rússia, perdendo por 69 a 59. Adrianinha, como é conhecida e chamada pelas colegas, cometeu inúmeras faltas, sem marcar um ponto durante toda a partida. Érica Souza, por outro lado, foi destaque do jogo, estando em grande parte na boca do garrafão para ganhar pontos pelo Brasil. O próximo adversário do time brasileiro será a Austrália, cujo basquete é uma de suas armas mais poderosas.

5º O time feminino de handebol estreiou com vitória para cima de Montenegro, 27/25

Esses foram os jogos que pude ver no dia de hoje. Vamos torcer para o Brasil na busca de mais vitórias e medalhas nas Olimpíadas. É isso aí, boa noite a todos e até mais!




quinta-feira, 26 de julho de 2012

Queen - The Show Must Go On

Um dos assuntos que mais gosto de tratar é a música. A música, dentre seus milhares de estilos, consegue alcançar uma sonoridade que só nós, em nosso sublime estado de pureza interna, conseguimos entender e nos deixar comover. Por que, afinal, a música consegue tal façanha? Porque, talvez, o que mais desejamos  é uma vibração e quietude que só uma canção é capaz de produzir. E é por isso que nos emocionamos e criamos laços com essa dádiva artística: a música é uma espécie de terapeuta; das mais fortes drogas.
Paralelamente à questão levantada acima, gostaria de entretê-los com uma canção, um som verdadeiramente  forte: The Show Must Go On, da banda inglesa Queen. Escolhi tal hit não apenas pela comoção que me causa, mas pela letra extremamente influenciável no tocante à luta pela vida e pelos desejos mais ardilosos.
A música composta pelo fabuloso Freddie Mercury já usufruía de um espírito totalmente diferenciado das outras canções: o artista estava prestes a morrer de uma forte doença causada pela AIDS quando compôs e lançou o single. Seus sentimentos de adoração, liderança, compreensão e amor, no entanto, eram visivelmente explícitos e deixados como seu maior legado - a música como uma forma de viver.
O clipe, a seguir, é uma prova do por quê The Show Must Go On ter sido uma das últimas composições de Mercury: o vídeo é uma espécie de compilação, no qual estão inseridos outros clipes musicais e momentos do cantor durante toda sua carreira, apresentando-se como um resumo de sua vida artística. 
Com isso, Freddie Mercury nos passa seu maior triunfo e realização interna: a vontade e perseverança que temos de ter para continuar lutando por nossas vidas e pelos nossos sonhos mais íntimos. E o sorriso no rosto, segundo ele, é o que mais devemos valorizar e esbanjar, acima de quaisquer obstáculos que possamos encontrar. Dessa forma,' o show deve continuar', assim mesmo como a própria banda Queen.




O Show Deve Continuar

Espaços vazios... Pelo que nós estamos vivendo?
Lugares abandonados
Eu acho que já sabemos o resultado
De novo e de novo, alguém sabe o que nós estamos procurando?
Um outro herói, outro crime impensável
Atrás da cortina, na pantomima
Segure a linha, alguém quer segurar um pouco mais?
O show deve continuar
O show deve continuar, sim
Por dentro meu coração está se partindo
Minha maquiagem pode estar escorrendo
Mas meu sorriso permanece...

O que quer que aconteça, eu deixarei tudo à sorte
Uma outra melancolia, um outro romance fracassado
De novo e de novo, alguém sabe pelo que nós estamos vivendo?
Eu acho que estou aprendendo (estou aprendendo, aprendendo)
Eu preciso me aquecer agora
Em breve estarei virando (virando, virando, virando)
a esquina agora
Lá fora está amanhecendo
Mas dentro da escuridão estou ansiando para ser livre
O show deve continuar
O show deve continuar, sim, sim
Por dentro meu coração se parte
Minha maquiagem pode estar escorrendo
Mas meu sorriso permanece...

Yeah yeah, whoa wo oh oh

Minha alma é pintada como as asas das borboletas
Contos de fada de ontem vão crescer mas nunca morrer
Eu posso voar - meus amigos
O show deve continuar(continuar, continuar, continuar) sim sim
O show deve continuar (continuar, continuar, continuar)
Eu irei enfrentar tudo com um grande sorriso
Eu nunca irei desistir
Adiante - com o show

O show deve continuar (sim)
O show deve continuar

Oh, eu vou dar um lance maior, eu vou superar
Eu tenho que achar vontade para continuar
...continuar com o show
...continuar com o show
O Show - o show deve continuar
Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar
Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar
Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar
Continuar, continuar, continuar, continuar, continuar
Continuar, continuar...



quinta-feira, 19 de julho de 2012

Infância

Entro em nostalgia ao falar em infância. Toda criança sente uma necessidade de procurar meios que a atraem de uma certa forma e, um dos mais comuns de todos, é a televisão e os programas infantis. Posso afirmar que tive ótimos passatempos há uns cinco, seis anos atrás. E devo isso aos desenhos e animes que acompanhava: Pokémon, Tom & Jerry, Dragon Ball Z, Digimon, dentre outros. O que aconteceu com toda essa diversão? Tudo bem que hoje em dia já quase não assisto mais à televisão. Mas quando ligo a TV para ver a programação, caio na frustração. Quase sempre. Procuro e procuro desenhos antigos que me faziam feliz, mas nada é a mesma coisa. Tenho a impressão de que a época dos bons programas televisivos se esvaiou. E isso, para mim, é triste.
Me peguei nessas férias assistindo a uns DVDs antigos que tenho da série japonesa mais fantástica de todas: Dragon Ball Z. Acho incrível a capacidade e influência que um simples desenho pode ter em nossas mentes. E constatei, também, que na realidade há mais jovens e adultos que prezam pelo anime do que crianças propriamente ditas. Digo isso, porque, apesar de ter crescido, o tempo nunca me tirou o gostinho da infância e de ser criança. 

domingo, 15 de julho de 2012

Acreditar

Não é foda-se. Dane-se. Vá a merda. Ou coisas do tipo. Ela não queria qualquer coisa, quaisquer companhias. Ela gostava de coisas fantásticas, estranhas, queria passar por experiências malucas e, quiçá, as realizaria. E vão se realizar. De tão frágil se sentia, soltava faíscas. Era tensa e intensa. Sonhadora, criativa. Maluca. Também gostava de músicas profundas. Um tanto profundas. A música era a única que lhe compreendia; de fato. Podia contar com algumas pessoas e alguns amigos, mas a menina se resguardava muito. E às vezes, por uma conversa por mais boba que tivesse com alguém, já se sentia melhor. Não melhor, mas menos animalesca. Dá pra segurar as emoções? Não dá, mas apesar de tudo, ela tem que acreditar nos seus sonhos.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Roger Federer: a perfeição em jogo

Roger Federer. Nome bonito, nome de campeão. Quando comecei à assistir tênis na televisão, não tinha idéia de que algum dia chegaria com muito orgulho a alguém e falar em tom alto e claro que tenho um ídolo. Pois eu tenho e falo com muito orgulho: Roger Federer é meu ídolo, minha inspiração. Muitos falam que têm ídolos no esporte e etc, mas há uma grande diferença entre falar que você idolatra alguém, muito pela influência de outros e afirmar que você tem seu próprio ídolo, porque você o acompanha em sua jornada para fazer história. E que bela história faz o suíço número 1 do mundo, posição conquistada a qual nunca lhe foi tirada, de fato. 
Prestes a completar 31 anos de idade, o vencedor de 17 Grand Slams em simples esbanja uma força fora do comum para continuar a conquistar e quebrar recordes. Não é à toa que uma vez rei, sempre rei: aos que duvidaram da capacidade do suíço em dar a volta por cima, ora ganhando um major ora retomando seu posto de número 1 do ranking da ATP, não têm o por quê de alfinetá-lo. Não mais. Aliás, ninguém tem o direito de julgar nenhum esportista absolutamente consolidado como o melhor da história. Federer oscilou muito nos últimos três, quatro anos, sim; mas nunca deixou de transparecer sua imensa vontade de voltar a ganhar. Ou melhor, triunfar e coroar ainda mais a sua já magnífica e incontestável carreira. E é por isso que eu e milhares de fãs espalhados pelo mundo o vêem. Se desmancham pelo seu jogo, sua sutileza, doçura, frieza, audácia. Talento.
O tênis certamente é algo inerente a Roger e o suíço, o maior presente que esse esporte poderia proporcionar.


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Um audacioso Federer

Sem muito brilho. Sem grandes expectativas. Audácia em alta. O jogo de hoje protagonizado pelo suíço cabeça de chave número dois do torneio, Roger Federer e, Julien Benneteau, tenista do top 30, fez a quadra central de Wimbledon tremer diante das fortes emoções proporcionadas pelos dois jogadores na luta por uma vaga pelas oitavas de final do Grand Slam inglês.

O jogo começou morno, sem muitas chances de quebra para cada um dos lados. Até que, no 4/4 da primeira parcial, com saque de Federer, o francês se impôs com tamanha precisão e agressividade, quebrando o serviço do suíço, concretizando sua vantagem em 6/4 no primeiro set. Julien Benneteau continuou a ser agressivo e consistente em seus golpes no set seguinte. Sua confiança aumentava gradativamente, inclusive nos momentos de pressão, quando Federer teve a chance de fechar a segunda parcial, com três break points e set points ao seu favor. Entretanto, o francês levou a partida para o tie-break, fazendo 7/6 (7-3) no suíço.

No terceiro set, entretanto, a partida levou um rumo totalmente diferente dos dois anteriores. Mais regular, Federer manteve seus serviços à frente de um francês apático; cansado fisica e mentalmente, concretizando seu bom momento no jogo, cedendo apenas dois games ao seu adversário na terceira parcial. No set seguinte, a disputa começou equilibrada, com ambos tenistas colocando a bola para correr, com fome de vencer. O suíço, no entanto, levou a vantagem, ao fechar em 7/6 (7-5) na quarta parcial.

Por fim, no último e decisivo set, Federer mostrou do por que ser o melhor jogador em quadra. Consolidando seus games de saque e quebrando o serviço de Benneteau em todas as oportunidades que teve, o suíço não só virou, mas fechou a partida com audácia e moral alta. Com 6/1 na quinta parcial, Federer se classificou para a quarta rodada do torneio.

***

Comentário à parte

Assisti hoje à uma partida sensacional, emocionante. Sentada na sala na companhia de meu pai, me esculachei, me arranhei, vibrei e gritei como um bicho, literalmente. Fazia tempo que não via um jogaço de tênis como o de hoje. Não estou falando meramente da parte tática e técnica do jogo, até porque não assisiti à um espetáculo de jogadas ou a um emaranhado de pontos dignos de se tirar o chapéu. Mas sim, testemunhei uma grande partida, na qual o esforço mental foi/é o quesito principal na consolidação de uma vitória. E Federer o teve. Como diz o grande comentarista de tênis Dácio Campos, o "Leão da Montanha" ressurgiu na hora "H" e se impôs definitivamente nos pontos-chave da partida. Muito embora Federer tivesse perdendo os dois primeiros sets para o francês, o suíço manteve, durante a partida inteira, uma audácia e sede de vencer não só o jogo de hoje, mas um futuro vislumbramento de faturar o torneio inglês. Por isso, vibrava a cada ponto que julgava ser importante. Errou muito, sim. Mas não desistiu da vitória nenhum momento sequer. Vitória essa que seria difícil, visto o ótimo dia inspirador que se encontrava o francês. Afinal, o que poderia ter no café da manhã de Benneteau? Não se sabe, mas que o algoz de Federer jogou muito, jogou. Correu atrás de todas as bolas possíveis e impossíveis esboçadas pelo suíço. Diria até, desprovidamente de orgulho no momento, que o francês jogou bem melhor que Federer. Pois, diferentemente do ex- número 1 do mundo, Julien Benneteau jogou acima do que poderia, chegando em todas as bolas, profundidades e ângulos; sem contar que não cometeu erros bobos como o fez Roger. Entretanto, como os fins, na maioria das vezes, justificam os meios, o suíço saiu como o grande vencedor da partida, mostrando que a frieza e paciência foram seus grandes êxitos no final do jogo. E, por que não, um jogador mais completo.

O maior da história, Roger Federer.



segunda-feira, 25 de junho de 2012

In the middle of the night...

Noite de São João. Fogos de artifício. Surpeendia-se a cada ano. Com as novidades, com as pessoas, com o amor. Mas sempre havia algo de inusitado e esperado, incontrolavelmente. Passaram-se algumas horas de sua estadia na festa de São João, quando, indesejavelmente, uma certa senhora, com seus sessenta e poucos anos, a via e viria estarrecer a pobre garota, tão indiferente à situação e tão desconfortável diante do que poderia acontecer brevemente. "Ô mulher chata!", pensava a menina. Prosseguiu-se, então, a conversa:

- Olha só quem tá aqui! - exclamou a sessentona.

- Olá!, disse a garota.

- Como você tá, bem?

- Tô ótima e você? - perguntou a menina.

- Ah, tô bem, minha querida. Como vai a faculdade? - esboçava um sorriso torto na cara.

- Tá tudo certo! - respondeu paulatinamente.

- Ah, que bom! Tá gostando?

...

É. Sabe essas conversas sem sentido? Todo ano, no mesmo lugar, a praticamente nas mesmas circunstâncias, sempre haveria de ter. Até que a senhora era uma figura, engraçada. Divertia a menina. O coração da garota ria incessantemente, anualmente, momentaneamente. Era, de fato, uma situação hilária e, por que não, what the fuck!
Talvez, não seja somente essa uma estória bizarra, mas tantas outras que caberiam no cotidiano metafórico de suas crônicas ininteligíveis.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Na orla de lá

Tomou um copo d'água, o colocou na orla da pia.  Na orla, fitou a orla do outro lado, havia um pensamento linear, tecendo o caráter sólido, oscilante, apaixonante, inusitado... Assim era, talvez. Só não sabia se era mesmo, mas no fundo, tinha uma convicção inexplicável de seus desejos sigilosos; suas intrigantes fantasias a enfeitavam como um suporte para seguir em frente, lutando sempre contra o vento e junto ao vento. Ela era meio assim, meio ela. Não gostaria de ser mais ninguém, visto a complexidade que postergava sua revelação total. O grito final. Ela gostava de ser idealizada, irreconhecível. Via o mundo de uma forma tão repleta de vida, às vezes era cinza, nublado; outras era azul cristalino, como a água que bebia e transbordava seu mundo de emoção.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Frio

O frio da barriga do vento da rua da loja de tudo. Frio em todo lugar. Em tudo que é lugar. Em todo, me envolvo envolta por militantes frios. Frios. Friorentos. Casaco? Cadê? Sei lá eu. O frio que atinge o pescoço, formiga os pés, as mãos, o bumbum, congela o nariz, prende em casa. Presos. Agora, sob as cobertas quentes que lhe confortava. Ou não. A vontade de fazer alguma coisa era tão grande quanto a preguiça que impedia. E, todavia, nem mesmo a vontade e a preguiça eram consideradas inimigas. A vontade era grande, mas a preguiça lhe emanciparia. Voo grande, que abrange os horizontes. E de repente, o frio tornava-se bom, quente, caliente, nos consumia, nos resguardaria em um dia frio. Passava a cabeça na mão, respirava inspiração autônoma, de credibilidade a sim mesma. Só estava feliz de poder compartilhar banalidades impensáveis, nem ela mesma sabia o que fazia ali. Naturalmente, o frio lhe contentava como poucos. Podia desfrutar de um momento a sós, de um chocolate quente com bolachinhas de nozes. Unhm! Lanche delicioso! Grátis! Com direito à gordura trans e tudo o mais. Quer saber? Ela engordara sua vida. Fê-la mais saborosa. Mais vibrante e irradiante. Mais intensa e vívida... Ela esquentava no frio, mesmo sem casaco. Até que gostava de um certo conjunto moletom da gap cinza. Mas hoje, vestiria um casaco rosa, ironicamente da gap: tudo que ela precisaria nesse frio era dar um intervalo pra vida. Preguiça.

sábado, 2 de junho de 2012

WTA: Wozniacki x Kanepi

Vou ser bem direta: nunca gostei muito do circuito feminino. Não me agrada o jogo das mulheres. Sem querer ser preconceituosa e genérica, mas sendo, a mesmice do jogo das tenistas é claramente nítida e indiscutível. Desde que Justine Henin saiu, minha jogadora de tênis favorita, não consigo assistir sequer a uma partida de tênis por muito tempo.
Todas as jogadoras, pelo menos 90% delas, abusam da mesma técnica: bolas retas, trocas de bola da linha de base, uma ou outra jogada com top spin e sem nenhum outro recurso. É muito difícil ver uma jogadora se utilizando de outras ferramentas do jogo, como voleio, slice e lobbies. Não sei se é falta de oportunidade ou se é o puro desconforto das tenistas em variar o jogo e arriscar mais golpes. Mas a verdade, é que cansa... Cansa assistir a um jogo com pouquíssimas variações em quadra.
Hoje, entretanto, me passou uma vontade de fazer um comentário em especial. Assisti, parcialmente, o jogo entre Wozniacki x Kanepi e, me surpreendi. Gostei muito da tática e técnica usadas pela tenista Kaia Kanepi. Aliás, achei interessantíssima a maneira pela qual a jogadora atuou durante os dois últimos sets que vi. Kanepi, além de ter sido consistente em praticamente o jogo todo, é uma das raríssimas jogadoras do circuito que vi variar tão bem seus golpes, além de executar belíssimos slices com precisão e chamando a tenista dinamarquesa Wozniacki à rede para dar o bote final. Excelente jogadora, adorei acompanhá-la e me chamou a atenção seu comportamento em quadra, pois mesmo tendo tido a chance de fechar o segundo set em 6-2 e não conseguindo, não desistiu da vitória, consolidando-na com 6-3 no último set da partida. 
Wozniacki, por sua vez, é uma grande jogadora, já foi número 1 do mundo do ranking da WTA, mas francamente, não gosto do estilo de jogo dela. Tenista visivelmente defensiva, que ganha a maioria dos pontos se defendendo e esperando a adversária cometer erros para ganhar pontos. Não é o jogo de tênis mais bonito, mas vem, ou melhor, vinha funcionando muito bem até então, não fosse por sua queda diante da estoniana Kanepi, que para mim, técnica e emocionalmente foi muito melhor ao decorrer da partida.

Beijos e bom domingo.

domingo, 27 de maio de 2012

Roland Garros 2012

Roland Garros começou. Um dos torneios mais importantes do tênis mundial está sendo televisionado pela rede de canais ESPN, com comentários exclusivos de Fernando Meligeni, o "Fininho" do nosso Brasil.
Ansiosa? Estou, sem dúvidas! Sou muito fã de tênis e desse torneio, que acontece na França todo mês de maio. 
O que acontece, caro fã de tênis, é que Rafael Nadal entrará como favorito nesse campeonato, pelo menos para mim. Embora Novak Djokovic seja número 1 do mundo disparado no ranking da ATP, creio que Nadal  possua uma maior vantagem sob os demais jogadores, inclusive em cima de Roger  Federer. O espanhol já coleciona 6 títulos do Aberto da França, Roland Garros, fora sua tremenda capacidade de jogar no saibro, quadra mais lenta, onde variações de top spin e trocas de bola mais longas demandam muita capacidade e adequação do jogador ao piso de areia. Rafael Nadal não só possui e se utiliza muito bem desses recursos, mas também é o jogador com mais força mental e psicologicamente. E isso, não dá para negar!
Eu, particularmente, torço e torcerei para o Roger Federer vencer o torneio, que faturou uma única vez em 2009. Desde que acompanho o tênis, 2005-2012, jamais presenciei tamanho talento em uma quadra de tênis. O suíço é simplesmente fantástico, o jogador mais completo que já vi em quadra. Possui todos os recursos e ferramentas de um jogo de tênis: excelente saque, bela direita, ótima esquerda, slices perfeitos e lobbies eficazes.O que, com certeza vai definir seu comportamento em quadra, é o mental. A maneira pela qual vai agir não só depende de sua alto estima, mas sim o jogador que vai enfrentar. Notei que Federer tem, na maior parte das vezes, muita dificuldade de jogar contra Rafael Nadal, não muito pelo jogo em si ou a técnica utilizada por ambos em quadra, mas um certo desconforto principalmente por parte do suíço. É um paradoxo, pois quando Federer está embalado e se encontra na frente de Nadal no jogo, parece que sua confiança diminui aos poucos. E o jogo vira! 
Djokovic, ao contrário do suíço e do espanhol, joga muito mais descontraído em quadra, é uma verdadeira figura do tênis! Muito bom tecnicamente, mas seu físico deixa a desejar, muito embora vem melhorando bastante fisicamente nos últimos dois anos. Está bem mais resistente e focado nas partidas; um excelente e promissor jogador de tênis mais futuramente.
Espero poder acompanhar algumas partidas e deixar meus feedbacks sobre o torneio, em geral.
Sou ROGER FEDERER e para os fãs desse esporte, ótima quinzena!
Beijos e abraços!
Jú Taouil

sábado, 19 de maio de 2012

Speaking Widely

Speaking Widely

To know a different language from ours can be an amazing weapon in various senses

Juliana El Taouil


Cutting edge, cutting limits. That's the world we live in nowadays: the trend goes beyond nativeness and local experiences. People want, and most importantly, do need to know general characteristics and social behavior from other countries they may come across, either if it's a job demand or personal interests. As a matter of consequence, learning a foreign language is crucial.
In such a globalized world like ours, where many people interact with different cultures and means of communication, learning a second language is an amazing weapon in various senses. First of all, men and women who apply for a job have to keep in mind that they need to know, at least, the basic way of speaking a foreign language. Not only is this a requirement for those who look for a position, but it's also an important and additional aspect for everyone's job curriculum and international social skills.
Besides being a relevant topic in job interviews, loads of people travel all around the world for work reasons. Therefore, they need to know a foreign language, given the circumstances they find themselves. The way people from a specific company deal with other ones can either enhance their business agreement, negotiation or make matters worse. It all depends on how different ideas can contribute to a better business relationship, once the language aknowledgement isn't the only attribute to be learned. Behavior contents also need to be taken into consideration: complexion expressions and the tone of the voice, are, undoubtedly, an extremely preponderant burden a person carries on and displays, to some extent, its personality.
Moreover, a great amount of people learns a distinctive language, because they simply like it, either as a hobby or curiosity matters. In addition to this, they want to know about a country, its culture and customs that are different from theirs. They urge something out of the ordinary, new experiences. In other words, men and women are attached to the undiscovered , the unknown, the pleasure they have to cutting edge.
To sum up, learning and speaking a foreign language can contribute to professional development: people are even more traveling abroad for work reasons, so then, they need to improve a second language to make business negotiations worthy. On the other hand, people also desire to learn another language, because they merely have a curiosity under the culture from a different country.

terça-feira, 15 de maio de 2012

(Re) Colocar

Subitamente, vejo-me com um tempo precioso, aliás, um curto tempo tenho eu para me dedicar a este momento de descontração e regeneração. Conhece essas frases desses autores, amantes de proferir sutilidades pessoais a âmbitos gerais? Todos conhecem e reproduzem, a constar.
Mas, talvez, o que é mais atraente em uma frase, não é seu conteúdo, seu significado, ou mesmo as palavras escolhidas para a compor. Penso, por outro lado, que a maneira pela qual nos portamos naquele certo momento, naquela devida situação, ou seja, tudo que estávamos sentindo em um dado instante, é o que impulsiona o verdadeiro e real valor de nossos pensamentos, recortados subsequentemente, em uma pedaço de papel.
Vou ser sincera por hora. Não estou escrevendo meu melhor, as frases não me soam bem. Talvez isso reflete um pouco do meu mal-estar, quem sabe? Abri a janela do quarto, paisagem nublada hegemônica perdura por esses dias intensos e insanos. Talvez, um bom som preencha o vazio momentâneo histérico. Uma ideia paira no ar: vou escrever um texto fiel a meu estado de espírito implícito.

sábado, 5 de maio de 2012

A Bandeira do meu País

Era daqueles tempos em que tudo era pecado. Menina feito eu da periferia do Rio de Janeiro, sabia de quê? Tinha de trabalhar com a mãe, dar a benção ao pai quando ele fosse trabalhar. Éramos todos meio pobres e religiosos. Seguíamos todas as doutrinas do Nosso Senhor. Eu beijava todos os dias o azulado e o dourado do manto da Virgem Maria. Lembro-me das numerosas preces que fazia à Vossa Mãe, principalmente àquelas que diziam a respeito de meus mais íntimos sonhos: o futebol.
Sou flamenguista roxa, sempre quis jogar futebol. Era um sonho. Imagina que meus parentes permitiriam isso? 'De jeito algum', eles falavam. A verdade é que sempre fui muito sonhadora, preta trabalhadora, guerreira por convicção. Só me restava servir ao Senhor e trabalhar todo santo dia pra, quem sabe um dia, criar família.
Mas, hoje as coisas mudaram. O mundo diferente. Não vejo mais as moças e moços indo à igreja. Dizem que o mundo caótico, pois não é? Só sei que hoje a febre pelo futebol é mais forte como nunca... é como se fosse uma religião. As pessoas seguem e assistem ao futebol com tanto ardor, sofrimento. O futebol no Brasil sempre foi muito forte e hoje, é o Vosso Deus!
As cores do manto da Virgem Maria pertencem ao futebol. O azul, São Caetano; o branco, Corinthians; o amarelo e o verde do Santo André, o Brasil. E, se por um acaso, não tivéssemos conflitos num país como esse? Pois bem, sou flamenguista roxa, sofredora, time do conflito. É o time do vermelho-preto do meu coração. Tenho orgulho do meu futebol, sempre gostei, desde garotinha. Sempre foi minha lei, minha salvação.
Apesar do meu amor pelo esporte, uma coisa é certa: fico depressiva quando o Flamengo perde. Fico mesmo: choro, berro, mordo, me doo toda. Mas, ao mesmo tempo, sinto um vazio no coração, um nada. Uma sofredora que nunca jogou pelo seu time.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Aleatoriedades

Cos 2day was a gr8 day. Times like these, frio do cão, then, all I have to say is
         go sleep, dear, 
it's so nice to do nothing, but staying alive, alive, 'wah wah wah wah, staying alive, staying alive, staying alive, wah wah wah wah staaaaaaaaaying aaaaaaaaaaliiiiiiiiiveeeeeeeee'

Bee Gees Rocks!

Love 'em!


Sabe, ainda bem que sempre temos algo a fazer... Se não tiver, invente!
Like a boss!

Sometimes feels like the sun, always brighting, shining, for some damn reason...
It doesn't matter at all, the music's still playing and I'll be praying for the best from everybody, everything, yeah

so... now I'm going nowhere, gotta go myself to a cliff,
      joking!

Get readytorolling, find out the best from madness,
xoxo

domingo, 22 de abril de 2012

Nascer, nascente: o pôr do frio

Manhãzinha de forte frio em um domingo, ficara a pensar em seu cantinho permeado de pensamentos sob cobertas quentes, quentíssimas. Estava frio hoje, o vento rajava sem pedir. Naquele quartinho, reconhecera sua capacidade, e um certo dom para escrever em um dia frio; só ela sabia que o contorno das palavras a esquentava com tamanha força como os feixes de luz arco-irisados que se exibem na passagem inocente e  na quase rara aparição simultânea da chuva e do sol. Seu talento era despercebido por ela mesma - talvez devesse prestar mais atenção na luz do sol, que penetrava sob sua pálida pele, aparentemente incolor. Precisava se sujar mais, cheirar a lama do sapato velho que talvez nem teria hoje. Mas também, não gostava de salto alto. Sempre apreciara o meio-termo dos desenrolares cotidianos que aderiam a sua vida de menina velha. Almejava viver livremente, sem a ditadura imposta pelas comunidades ordinárias de seu tempo, que se manifestava em ondas de modinhas atreladas à falsa  idealização aparente da garotinha e do garotinho eróticos. Os palhaços surgiram, mas diferentemente dos verdadeiros gozadores da vida, os nossos são feitos de pinceladas superficiais da felicidade.

domingo, 15 de abril de 2012

Plastic surgeries over peoples' mentality

A great amount of people, nowadays, attempts to look younger and more beautiful, due to the massive and even more sophisticated technology, which has been developed in a large scale in the last few decades. Hence, women and men spend their money on as many plastic surgeries as they can to feel physically and apparently agreeable and gorgeous. However, there are some concerns related to these procedures, such as the effectiveness of the treatment and peoples' general mindset over this subject.
In order to be hypothetically more beautiful and comfortable, people improve their appearances through two types of plastic surgeries - the reconstructive and cosmetic procedures. Many adults do have the reconstructive job, as long as they aim to correct defects on the face or body. This procedure can be effective at all, once it is a way to repair physical issues people may have. On the other hand, cosmetic treatments are unlikely to be morally acceptable - the majority of men and women takes the dangerous risks of this procedure, in order to alter a part of the body that the person is not satisfied with. Thus, due to this cosmetic job, many people worldwide change their face and body appearances, and in some cases, in a radical way.
The fact that cosmetic procedures imply in physical changes throughout the body has led a large number of people making overuse of this treatment. And one of the reasons adults expose themselves to this procedure is to stand out in the crowd. The extremely exaggerating appearance changes convert natural beauty into artificial beauty standard - which is, simultaneously, a drastic change that few people judge important as an issue. Furthermore, this treatment requires lots of money - according to ASAPS, American Society for Aesthetic Plastic Surgery, - the average national costs for liposuction in 2010 were $2,884. Thus, besides being a risky treatment, it can demand a large quantity of money.
To sum up, plastic surgeries can be effective in a way and negative in other ways. The reconstructive job, as previously stated, is a good procedure, once peoples' desire is to correct defects or problems of the body. Unlike the reconstructive procedure, the cosmetic treatment has instigate many people to alter many parts of the body, which generates an artificial idea of beauty. Nor only is this procedure risky, but it can also be expensive.

sábado, 14 de abril de 2012

Attempting

Too much worried for nothing. Instead, should I be more relaxed...
I could have played a song, but as I was uneasy, I kept quiet for a moment...
And wrote for a great time...
Not that I became more relaxed, but at least, I was trying to be so.

terça-feira, 10 de abril de 2012

A Dimensão Universal

Inocente é o que mais era aquela criatura normal. Talvez, era tão normal que se achava estranha, louca. Ela era assim. Normal... aliás, ela não sabia, mas de uma coisa eu sei: ela não era nem um pouco louca. Porque os loucos são os mais distantes da complexidade do Universo. Os loucos são alienados, e os estranhos também. Ela era normal, porque à medida que procurava cada vez mais canalizar e compreender diversas e infinitas energias provenientes das dimensões  física, espiritual e material do Universo, ela estava, simultaneamente, mergulhando em uma complexidade de questões, sensações e sentimentos inexplicáveis, inerentes ao Universo. Quanto mais próxima desse mundo, mais normal era e menos alienada seria.
Só os loucos sabem o quão normal eles são...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

E então, retrucou...

O céu estava mais límpido hoje.
As ruas estavam silenciosas...
As pessoas nas casas de seus familiares...
Enquanto isso...
Janelas abertas permitiam a entrada do vento. Quem sabe lhe ocorreria alguma ideia nova  hoje... Já não tinha mais o que fazer. Só queria descontrair seus ombros tensionados pela vida rotineira que cogitava ter.
Agora. Hora de rabiscar. Subordinar o pensamento inexistente que forçava pôr em prática no exato momento. Só para ter o que falar hoje. E a melhor forma de crescimento interno era justamente esta: se ridicularize... mesmo! Dê risada do ridículo... admita o quão banal nossas atitudes são. Principalmente aquelas... que dizem a respeito de superioridade e inferioridade. Ela mesma deu risada de si quarta-feira à noite. Falou em tom alto e grosso: "Eu queria impressionar vocês". E no fundo, era verdade. O espírito de competitividade, de agressão, estava embutido nela. E em muitos de nós. A menina apenas vomitou sua desgraça e ironizou algo que um dia ela mesma iria superar. Sabia que aquele sentimento de querer mostrar habilidade, capacitação, era nada. Eram mediocridades cotidianas. Existem outras coisas que são dignas de se orgulhar. Ela sabia. E admitiu inconsciente ou conscientemente que tinha algo muito maior do que isso.

sábado, 31 de março de 2012

Vossa raiz

Os pássaros que assobiaram nos tempos de rei-rainha são outros agora. É aquela metáfora insana que norteia essas vidas puras e selvagens nossas. Agora, mais selvagens do que nunca. Confundimo-nos com animais loucos, desenfreáticos, irracionais. Talvez, não mais do que talvez... sempre fomos assim. E agora, mais do que nunca. Nenhuma pérola glamourosa foi tão bonita como hoje em dia... jamais! A beleza ideal sempre existiu e, hoje, está banalizada. Aquela jóia concreta revestida de brilho abstrato desfez-se em bijouteria barata.
Eles imaginam um mundo melhor, mas só imaginam. Ou será que fazem algo para melhorar? Aliás, quem são eles para julgar o que é certo ou errado? Progresso ou retrocesso? Não têm ideia da imensidão do Universo. Afinal, a imensidão transcende os sentidos humanos. Quando eles começarem a entender de coisas grandes, todos se deixarão levar pela embarcação. Ninguém sobra. Só são deixados para trás os que estão à frente de seu tempo, do senso comum. Esses não entram. São humilhados. Exterminados. E é por isso que talvez, não mais do que talvez, a Terra é redonda: não vamos para frente, nem para trás. Permanecemos no mesmo lugar.
Você, entretanto, diz gostar de inovar. Diz ser diferente. Acredita em uma contentação descontente. Acredita no absurdo - na sua esquisitice. Reclama da vida, das pessoas, da tolice de alguns, da infantilidade de muitos. Você... você não é assim. Mas você pensa no fundo do seu coração como todos são imbecis. E você se sobressai. Você é a peça exótica do quebra-cabeça. Em um mundo tão devastado como o nosso, a esperança é a última que morre. E você vai sobreviver, porque você fez por merecer: criticou, ou melhor, teve a coragem, como poucos, de criticar, gritar. Mas nada fez.
E eu... eu sou inocente! Não mereço isso. A vida me desmerece.