domingo, 14 de dezembro de 2014

Desa(Sossego)

Guardara uma estrela em sua memória. Seu brilho era tão intenso, que toda vez que abria a janela, se deixava ofuscar e dispersar em mil e um pensamentos. Deveria parar. Nenhum vício é bom, muito menos ficar preso a si mesmo. Não queria ficar atordoada a sós: por vezes, sua mente era um lugar escuro, onde era possível se perder diante da sensibilidade ingrata e apaixonante da lua.

Ah, a lua... ela era sinistra - era um elo entre sua mente e seu coração. A lua a desesperava, pois era enigmática demais, assim como tudo que vinha e preenchia aquele des(encanto) de menina. Por isso, tinha um medo prazeroso de encarar a vida em toda sua magnitude.

E por mais que doesse a inquietude de sua alma, sentia uma necessidade de se recolher junto às montanhas tibetanas e voar pelo céu com seus mil e um pensamentos.