Como era bela
a música em sua vida.
Tão leviana, dançava
como uma criança.
Seus olhos esverdeados que
no escurecer da noite
nada mais eram que resquícios
de uma vaga lembrança
da simulação de uma dança.
Suas mãos aconchegantes
faziam jus ao retrato que pendurava
em seu quarto: o rosto de uma bisa
que a enlaçava com ardor
falando palavras de amor.
Ai da menina que sempre dançou
às escondidas com certo rancor.
Nas sombras se recostava e emulava
consigo mesma a simples aceitação
de seu ser: "deixe estar, sinhá!
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