Lavou o rosto. Nem se pôs a enxugá-lo. Queria apenas sentar em sua aconchegante poltrona azul. E olhar para o céu.
Estava desmoralizada. Sabia que em nada adiantaria reclamar. Não era o caminho. Não queria pensar em nada. Estava farta. De tudo. Se sentia tão vazia, incapaz.
Observou o céu mais uma vez. Despertou.
Fechou os olhos mediante a um vasto fluxo de pensamento que a tomava por completo. Estava sem ar. A agonia que sentia era demais. Insuportável.
No fundo, ela sabia o motivo da intolerância. Ninguém a aguentava. Nem ela mesmo conseguia se libertar. Precisava se emancipar de alguma forma.
No entanto, tinha tantas dúvidas. Tanta sede de viver. Fitava, curiosa, o azul celeste. Estava desmoralizada - de nada adiantaria reclamar.
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