Museu do Ipiranga: um recorte Paulista
Visitantes contam suas experiências e gosto pelo museu
De: Juliana El Taouil Azar
Em meio a tantos museus em uma cidade cuja população excede a marca de 11 milhões de habitantes, o Museu do Ipiranga (Museu Paulista) é um marco do país. Inaugurado em sete de setembro de 1895, o museu se consolida como símbolo representativo da Independência do Brasil.
O edifício, cujo acervo destaca essencialmente a história de São Paulo, recebe desde "fregueses" a visitantes novatos. É o caso de Érica Cardoso, 35, "É a primeira vez que venho aqui", conta a dona de casa. Natural de Rio Claro, Érica diz ser o primeiro passeio que faz em São Paulo desde que chegou. "O museu é perto de onde moro, o preço é barato", afirma.
A interiorana fala, ainda, que a qualidade do acervo foi o que mais lhe chamou atenção. "É tudo tão organizado", elogia. "É bom conhecer a história, a cultura para melhorar o futuro", conclui.
O desenhista Marco Antônio Machado, 54, é um "freguês" do museu. "Venho desde garotinho", se orgulha. Ele afirma ter um sítio em São Vicente, onde algumas ruínas são da época de Frei Gaspar da Madre de Deus. Segundo o desenhista, as áreas estão sendo limpas e muitos acervos foram encontrados. "Achamos peças no meio do mato, na água, e não sabemos o que são", conta.
Por isso, ele diz estar guardando essas peças, procurando desvendá-las: "Estou tentando identificá-las vindo ao museu. Tento estabelecer uma relação entre as peças encontradas com o acervo do museu", explica. Além disso, Marco Antônio revela gostar também de fotografias antigas, "Pego fotografias antigas na internet, vou ao local, fotografo e faço um comparativo com as obras do museu", acrescenta.
Visitante pela primeira vez do Museu do Ipiranga, Joel Júnior, 35, mora no interior de Tocantins e afirma estar adorando a nova experiência. "É um lugar bonito, agradável, tradicional, com uma arquitetura legal", admira o médico.
"No ensino fundamental, via as gravuras nos livros de história e aqui eu vejo pessoalmente", se maravilha Joel. O médico diz ainda que conhecer o museu proporciona uma interação mais forte com a história e o faz crescer culturalmente. "Acho estimulante", confessa.
O casal Palmira Pedro, 82, e Eduardo Giácomo, 83, já frequentou muito o museu e o conhece bem. "É um ponto turístico. Muitos estrangeiros vêm, principalmente japoneses", afirma Palmira. Para o casal, o edifício é maravilhoso, um lugar pitoresco e histórico. "Lembro-me de acervos como o Avião Jaú, o primeiro a fazer a travessia do Atlântico", recorda o marido, emocionado.
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