Sentada no braço da poltrona, sublime paisagem jaz apreciava para lá daquelas redondezas. Aquelas lá, bem, bem longe... onde só se ouve o silêncio do vácuo que preenchia aquele coração vermelho de sangue, literalmente. Por nada fazia tudo. Tudo que vinha à cabeça oca daquele reflexo. Seria só um reflexo? Seríamos somente um reflexo? Torturada com questões infinitamente abstratas, não há nada de concreto que possa lhe convencer do contrário. Nada. Só lhe resta consentir que da vida nada se recebe, senão o nosso perdão maior: nós mesmos.
De nada adiantava pensar, se afinal, o pensamento só adiava a liberdade de viver livremente. Tudo vem. E volta. E talvez tudo fará sentido, se aprender a valorizar cada instante das estações oscilantes do tempo perdido e vasto que colhe diariamente em seu quintal de virtudes.
E se um dia tiver certeza de que a felicidade conquistada não é ilusória, o reflexo que eu era nada mais era do que um simples reflexo que achava ser.
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