domingo, 5 de janeiro de 2014

Filhota, filhotinha é

Tenho um certo peso na consciência por não ser quem eu deveria ser: uma filha melhor. É verdade que sempre pendemos para um lado nas relações, e amor de filha não é diferente. Não vou, entretanto, revelar minhas preferências relativas aos entes familiares... mas podia ser uma pessoa melhor. Sou, muitas vezes, injusta, mas o amor é justo? Difícil saber para quem anda pela primeira vez nesses trilhos... Mas, certas coisas não se escolhem, não é mesmo?

É... não podemos escolher tudo. No entanto, eu sei muito bem que existem certas coisas que não podem mudar, pois se mudarem, eu sei que me depararia, cedo ou tarde da noite, com minha própria caveira. Refiro-me à essência do amor que construí com certas pessoas ao longo dos tempos. Amores sólidos que me fortalecem mesmo quando me sinto insossa, vazia, deprimente. Oras... mas, se são amores sólidos esses, por que temer? Porque eu temo não amar quem eu sempre quero amar... da MESMA forma. Da mesmíssima forma que sempre amei. 

Por isso, o brilho dos meus olhos pode até mudar de horas em horas, ou quem sabe, esses meus olhos não se tornem mais leves que a consternação da intensidade dos pensamentos que vigoram incessantemente em minha mente!?!

Só não quero mesmo é deixar de ser a filhota que sempre quis ser a filhinha de papai cheia de amores únicos e invariáveis pelas mesmas pessoas. E sempre por elas.



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