quarta-feira, 13 de novembro de 2013

eu mesma.

Acho que meu melhor amigo anda se escondendo de mim. Acho que meu melhor amigo tem vergonha de viver e sorrir. Acho que meu melhor amigo tem medo de se olhar no espelho e enxergar um brilho estranho em seus olhos. Acho que meu melhor amigo tem vergonha de soltar o corpo e se deixar levar pelo ritmo da música. Acho que meu melhor amigo tem vergonha de sua personalidade extravagante, mas, ao mesmo tempo, oblíqua. Acho que meu melhor amigo tem medo de errar, só quer acertar. Acho que meu melhor amigo é incrédulo quanto à sua existência singular. Acho que meu melhor amigo tem vergonha de seu próprio nome. Mas, tenho certeza que meu melhor amigo é um lutador nato e merece vencer na vida. 

Por isso, procuro em mim, o meu melhor amigo. Eu mesma.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

essência minha

É incrível como a vida é... pois, por mais que goste de escrever, tenho vergonha de escrever o que eu sinto. Escrever numa folha, nas estrelas, mas, acima de tudo, escrever para eu mesma. Por que será? Eu não sei. Sou da área de comunicação e mal sei expressar tudo o que eu sinto, tudo que eu gostaria que se desprendesse da minha alma.

Mas, têm coisas, sim, que estão fortemente acontecendo comigo: me livrar de tudo que me faz mal, de todas as energias ruins que me circundam. Viver em tempos de mudança não é fácil: é necessária muita reflexão diária e descanso mental, coisa que, infelizmente, não consigo ter. Parece-me, que sou o tipo de gente que só descansa quando alcança, - sejam objetivos ou metas, - a serem, de fato, concretizados.

Meu cansaço me consome, é verdade... mas não sei como é me sentir vazia, sem vida, sem emoção... gosto de viver, de sentir, de canalizar... e por mais que seja difícil eu encontrar um equilíbrio em minha vida, eu estou sempre ouvindo aquela melodia que me leva à imensidão de meus sentimentos díspares e, talvez, gloriosos.

Quando estou assim, emotiva, costumo escrever: parece que minha alma fica mais leve, mais branda, mais relaxada... agora, se algum dia eu realmente conseguir relaxar minha mente, não precisarei compartilhar nada mais do que eu sinto... por aqui... porque quando me sentir realizada, mesmo, a felicidade diz por si só. Sem uma única palavra.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

ColorAÇÃO

Mas, hoje, meu vestido rasgou, e eu precisava que alguém costurasse um sorriso nele.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sem Calçados

Por Jú Taouil

Entre pedras e flores, vejo o céu
Tão resplandecente quanto o olhar perdido
Da menina vagando na rua.
Milhões de sombras ao seu redor
"O que faço aqui?", se nem consegue
Enxergar a própria luz que emana de
Seus próprios passos.

Olha pras estrelas no céu
"O que são aquilo?" Vagalumes iluminam
Sua faceta, raio do desconhecido. 
Muitos à sua volta, nenhuma lembrança.
Nenhuma lembrança, só o pudor de viver
Uma vida sem sentido.

E lá se foi, perdidamente vivendo naqueles trilhos
Descalça pisava com pés sujos,
Sem saber pra onde ir.

Entre águas cristalinas e rios sujos
A podridão da doença daqueles pobres
e insanos que riam da menina passando
na rua. Sabe ela o que faria se ninguém erguia
a mão àquele broto selvagem, perdido na selva
Na imensidão do horizonte, onde nada tinha.

E lá se foi, perdidamente vivendo naqueles trilhos
Descalça pisava com pés sujos,
Sem saber pra onde ir.




sexta-feira, 28 de junho de 2013

Aikidô

Esses dias, ou sempre, para não mentir, estava pensando em meu Sensei. O meu mestre de Aikidô, que me guiou por dois anos (2010-2012). Um homem forte que, apesar de sua pouca altura, tem uma grande e bondosa alma. Aquele japonês me mata as saudades... quem sabe, não é hora de voltar aos eixos e frequentar de novo aquela academia, sempre que puder. Porque, o aikidô - ai: amor, ki: energia e dô: caminho - me inspirou de uma maneira única e inigualável. A filosofia da luta, da não-competitividade, de ajudar aos outros, por meio de movimentos circulares, utilizando somente os braços e as mãos, me fascinou de forma incrível...
Uma luta que trabalha, conjuntamente, corpo, mente e espírito. Uma luta que traz a paz de espírito, trazendo o autoconhecimento: pois, nunca nos conhecemos a fundo, sempre nos descobrimos e nos redescobrimos.
A ele, ao meu Sensei Ricardo, agradeço por seu amor e por sua figura paterna... obrigada por ser meu segundo pai.


quarta-feira, 26 de junho de 2013

All Around The World

Blackout in London
Just slip and slide
Blackout in London
I'm just about to lose my mind
Big time in Paris
Time's gonna fly
Big time in Paris
It's c'est la vie for me tonight

Sometimes my urge to travel all around the world makes me feel as if I've never been homesick before. Oh yeah, indeed. The thing is: my parents just don't let me alone, not even a second. Is this good? Not at all. Sometimes, it's great to feel that vibe called FREEDOM. I mean, the best thing for me is simply enjoying life, without any strict restrictions. 
That's why, we, the ones who dream higher and higher, should always keep in mind how beautiful life can be just like it is, in fact. And things happen in the right time, in the right places with the right people.
So, even though we're not that fulfilled yet, positive vibes always come whenever we smile and sing a song aloud for the whole world.


domingo, 16 de junho de 2013

O Mendigo André

Por Juliana Taouil
Conheci André com 13 anos. Era o mendigo mais popular da Avenida Jurema, para não falar de Moema. Nesse canto da zona sul, André vagava para lá e para cá com seu bigodinho sujo e bem característico de seu rosto. André era baixinho, pretinho, falava gaguejando, cuspindo. Era engraçado. Parecia de bem com a vida, mesmo morando na rua.
Lá na Avenida Jurema, em cujas calçadas árvores diversas adornavam o cenário, tinha o supermercado referência de moema: Emporium São Paulo. E bem ao lado do supermercado, tinha o Marildo Cabeleireiros, cujo dono era de mesmo nome. Exatamente nessa área, nesse quarteirão que o mendigo André mendigava seus dias, conversava com quem passava, sempre segurando um saco de lixo na mão direita e coçando o pau com a esquerda. André era demais. Falava sozinho, mesmo sendo para lá de "extrovertido" e engraçado.
Passei parte de minha adolescência observando o que o pobre do André fazia em Jurema, afinal, como morava (e ainda moro) na Avenida Jandira, que, por sinal, é pertíssimo da Jurema, ia à pé para lá para fazer compras no mercado. E sim: André sempre estava lá, vagando, com seu bigodinho e seu saco de lixo, falando com Deus e com o mundo. Falando asneiras, baboseiras. Sorrindo um sorriso banguelo, cheio de felicidade. Felicidade de pobre. Um sorriso que contagiava os que já o conheciam, inclusive o barbeiro Marildo, que, um dia, pegou André à força para cortar-lhe a cabeleira suja e cheia de piolhos. Pois não é que o mendigo era pop naquela zona nobre da Grande São Paulo?
André certamente era o mendigo mais popular e carismático de Jurema. André era uma figuraça já! Até o dono do Emporium São Paulo já brincava com ele, chamando-o de "gostosão"! Quem diria, ou melhor, onde já se viu um mendigo causar tanto? Nunca vi... e há muito não vejo. André desaparecera há dois anos. Nunca mais pude ver aquele que tanto foi motivo de risada, de zombação. Afinal, adorava assistir ao André e às coisas que ele fazia. Ele era motivo de alegria. Pelo menos, aos moradores de Moema que o viam, o conheciam e já haviam trocado alguma palavra com ele um dia, porque aquele mendigo era cheio-de-graça, sempre com sorriso estampado no rosto desgraçado.
Ah, como sentia falta dele! Quando vou ao supermercado, não o vejo mais. Aquela rua simplesmente se desalmou. Desamei-a. Porque antes, eu amava aquele canto de Moema, amava ver o André, fazer compras era meu hobby! Mas, hoje... hoje é por acaso. Por acaso faço compras, passo por ali. Aquele lugar ficou indiferente a mim. Não vejo mais graça. Às vezes, dá a impressão de que até o Emporium São Paulo perdeu grande parte da clientela da época do mendigão. Parece que as calçadas ficaram mais vazias. Nunca mais veria a cena do dono do Marildo Cabeleireiros puxar o André para um corte de cabelo. Foi épico!
Se bem que esses dias, por acaso, estava indo ao Emporium São Paulo, quando me deparei com André brincando com um cachorrinho na frente do supermercado. Meu coração disparou! Saudades daquele homem! Onde andava? Não tive tempo para mais nada, coloquei meu braço sobre seu ombro e sussurei:
- Ah, que saudades, André!


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Meu vizinho, uma crônica

Admirava o homem que ficava sentado na sala de jantar e ficava lá, por horas, fazendo alguma coisa que não sabia. Era meu vizinho, do prédio da frente. Ficava ali, olhando para baixo, todo compenetrado, esbanjando leniência em seus atos mais minuciosos, naturais e tão casuais. Não conseguia identificar o que fazia. Só tinha certeza de que gostava de assistir àquele homem, que, porventura, não me era estranho: o tempo, para ele, não parecia passar nunca, assim como para mim.
Gostava de fazer as coisas sem me preocupar com as horas, e, aquele homem, tão sutilmente, me deixava calma, paciente. Livre de quaisquer obrigações casuais, rotineiras, cansativas. Não gostava desse jogo diário. Gostava mesmo era de apreciar uma paisagem, desfrutar da sensação de liberdade e livre arbítrio... Sim, gostava de brisar. Se bem que sempre ventei minha vida inteira - sempre fui muito intensa em tudo que fazia, por isso, a magnitude e simplicidade daquela cena me faziam refletir sobre várias coisas. O que é o tempo? Por que somos tão apegados ao tempo?
Não sabia... só tinha convicção que o tempo nada era diante de pequenos momentos que nos fazem valer a vida inteira.
E assim como você, meu caro, espero que alguém esteja me observando.

terça-feira, 9 de abril de 2013

A Sociedade Capitalista e o consumismo exacerbado: Reflexos do Pós-Modernismo


Por Juliana El Taouil Azar

Ritmo desfrenético. Isso mesmo. Vivemos em um mundo cada vez mais ritmado, limitado, estreito. Nossas vidas são pautadas por um cronômetro, em que o tempo é cada vez menor para realizar nossas atividades cotidianas, como acordar, tomar café, atravessar o trânsito das cidades, ir ao trabalho, almoçar, pegar o metrô em horários de pico, voltar para casa e, em poucos instantes, retornar para a cama para trabalhar cedo no dia seguinte. Esse é o ciclo rotineiro da grande maioria das pessoas, que, cada vez mais, são engolidas pelos tempos do Pós-Modernismo.
A era Pós-Moderna, em percurso desde as últimas décadas, estabelece padrões de vida cada vez mais hegemônicos e homogêneos, ou seja, procura enquadrar os indivíduos em uma sociedade cada vez mais capitalista, onde cada pessoa deve ingressar ao sistema vigente, no intuito da sobrevivência e da não-excludência. Por isso da mesmice que tanto norteia a vida dos habitantes - é preciso trabalhar cada vez mais, para se ter um poder aquisitivo maior e, por conseguinte, melhor qualidade de vida, estereotipada pelo consumismo exacerbado. O problema que reside, no entanto, da obsessão por mais capital e consumo, em um mercado cada vez mais acirrado, são os arquétipos veiculados pela sociedade marquetesca do que seria uma vida ideal. As pessoas querem ter cada vez mais, esquecendo-se, entretanto, de sua essência e de seus valores humanos.
Em meio à essa perda de identidade, de valores, cada indivíduo é considerado "mais um" no mundo. A era Pós-Moderna tem como uma de suas principais características a perda da originalidade, personalidade intrínseca a cada ser. Todos são iguais, devem ter as mesmas coisas, consumir os mesmos produtos, e em meio a tantos slogans e propagandas, a bagagem cultural e capacidade cognitiva das pessoas é anulada pela necessidade de se ter cada vez mais. E, para se ter, é necessário fazer, trabalhar desfreneticamente, ter um bom emprego para consumir mercadorias de interesse pessoal e/ou alheios.
As questões que perduram, talvez, diante desses fatos, são: "quem somos", "o que realmente viemos buscar em um mundo tão vasto e contraditório?" Hoje, e desde sempre, se fazem necessários momentos de introspecção, nos quais podemos pensar e refletir sobre nossas vidas e sobre o que realmente buscamos. Afinal de contas, de que adianta termos e consumirmos cada vez mais se não sabemos o por quê de estarmos atrelados à um sistema, que em termos, é tão condenatório e impositivo? Cadê a divergência e pluralidade de pensamentos? Será que a personalidade de cada um deixou de ser elemento importante da formação e constituição humana?
Nós, seres humanos, devemos, pois, procurar caminhos que nos guiem no mundo capitalista, tão integrante, mas ao mesmo tempo, tão excludente. A meditação, ou atividades de cunho espiritual, são essenciais e se fazem imprescindíveis como momentos de indagação sobre quem somos, o que se passa a nossa volta e o que realmente queremos. Dessa forma, deixaremos de ser apenas conduzidos, "mais um" e passaremos a ser alguém que pensa de fato.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Impressões Expressivas

Acordou, bom dia. Olhava para os lados, nada via. Rostos com caretas a sua volta, pessoas descontentes com outras. Por que será? Seria a inveja um prato cheio? Por que os seres humanos eram tão hipócritas, sentindo-se bem na agonia de um outro alguém? Não sei, não sabe. Sabia que um sabiá havia lhe contado várias coisas, e, como não era boba, logo notou a fragilidade de todos. De todos, sem exceção, incluindo ela. E por que tudo parecia cinza? A poluição viria de fora para dentro? Em meio a tantas cidades e seres esdrúxulos, cujas roupas cada vez mais curtas escondiam as cicatrizes da alma, havia um único espaço. Um recanto de amor, fantasias, sonhos, crenças, esperanças... mas não. Não era bem assim. Ninguém parecia se preocupar com mais nada, muito menos com as maiores coisas, os pequenos detalhes. As noites já não eram tão mais românticas. Os ditos "amigos" já não eram tão importantes assim: até porque, parecia-lhe que todos gostavam de coisas perecíveis, ou pelo menos, pareciam gostar. O medo viria, pensava, da falta de originalidade e pouca fé que todos tinham em si mesmos. Por isso, a revolta, a raiva, o desgosto, a ganância.  Será que a poluição não era sonora? A música e sua letra cada vez mais escassa, vazia e isenta de musicalidade. Talvez, a música de hoje, evidentemente com exceções, refletia o vazio que sentimos hoje, em um mundo tão desumano. Mas, não era essa a questão. Música bonita tinha de monte, mas não era tão envolvente assim. Em um mundo em que se valorizava o corpo, o brilho do olhar precisava ser realçado à lápis de ponta grossa. Saltos alongavam e sensualizavam as pernas malhadas das madames e senhoritas. E, não deixa de ser charmoso, claro. Mas, mesmo assim, qual a definição de beleza hoje? O que é amizade e cumplicidade? Por isso, deixava uma mensagem reflexiva a todos que se propusessem a ler o texto:

There's a place I know so well
Behind closed eyes, there's a pearl inside the shell
From time to time, I come to see
If this world still has a place for me

sexta-feira, 8 de março de 2013

Spreading some words

Relutou, relutou e, de repente, caiu no sono. Estava meio cansada. Acordara com uma voz em seu ouvido, era a mãe. Perguntava à filha por que não escrevia mais... aqueles textos breves e profundos. Ininteligíveis. A crônica era o caminho, mas mesmo assim, faltava vontade na menina. Se bem que vontade nunca faltou a ela... só queria ter certeza de que algum post seu soaria interessante a alguém. Sempre gostou de escrever, nunca negara isso.
So, she took the oars and started to jot down some lines. E ela gostava... de remar águas profundas. Mesmo. Por isso, não adiantava postergar mais nada. Precisava pegar o lápis e rabiscar de novo, como sempre fez. Desenhou, então, um livro cheio de páginas que estavam esperando ser preenchidas por sua letra, que julgava ser inteligível, apesar das entrelinhas metafóricas que tanto buscava na sua arte de escrever.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Flor(tificar)

Talvez o melhor perfume seja aquele que te faz sentir cheirosa(o), como uma flor. Flor linda, rosada, com tons azulados e um brilho intenso dourado. Tão linda é, que se sente completa quando permeia formosura em seu canteiro vasto, rodeado de plantas não menos valorosas  A flor tem uma magia intrínseca ao seu simbolismo: ao de brotar, encantar, aparecer, ser visível quando repleta de boas intenções.
 Ela só se torna bela quando propala felicidade.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Carnaval: a festa que todos querem


Por Juliana El Taouil Azar

Sempre me disseram que o Brasil é "O País do Carnaval". Não poderia discordar disso nunca, afinal, eu, Dorivaldo dos Santos, aos 54, não vivencio outra coisa. As festas carnavalescas são uma maravilha; carros alegóricos buzinam na Sapucaí, transpassam dezenas de máscaras apurpurinadas, extravagantes, assim como os próprios personagens que se escondem detrás delas. Pessoas, turistas, crianças, jovens e idosos de todos os lugares, não perdem a chance de desfilar ao menos uma vez na vida na cidade do Redentor. É uma experiência tão única, que muitos se emocionam, inclusive eu, que moro no Rio há mais de trinta anos.
O Carnaval Brasileiro é tão inspirador quanto às vestimentas exóticas que cobrem os corpos quase nus das musas brasileiras. Nessa festa, o que não falta é beleza. Esperança. Amor. Alegria. Os brasileiros são muito otimistas, felizes quando desfilam pelo Brasil e para o mundo. Nós, nacionalistas e com orgulho, somos requintados; esbanjamos luxúria no Carnaval. Rimos, choramos, conhecemos novas pessoas, fazemos novos amigos: tudo é festa pré-quaresma. Parece que o Brasil é um país abençoado, cheio de gente iluminada: negro, pardo, branco, índio, todos têm seu lugar na Avenida. Ninguém é discriminado. Ninguém é maltratado, condenado, julgado. Todos são iguais. No Carnaval, há espaço para cada um. Só que no País Tropical, a realidade não se reveste de fantasias ou alegorias.
O Brasil afora é outro universo. Não são muitas as pessoas que passarelam por aí. Não há, sob hipótese alguma, mil, milhões, trilhões de corpos que desfrutam de uma boa vida, minimamente de forma confortável. No Brasil, há muito sofrimento diário, há muita pobreza. Um país tão rico, tão exuberante em natureza, dá as caras ao início dos anos, camuflando-se no restante dos meses. Tanta beleza, maravilhosidade, desperdiçadas. São tantas as almas que poderiam usufruir de uma vida melhor, porém turbilhões morrem diariamente de fome. Desgraça. Violência. Homicídio. Todo o gasto implantado é pouco para suprir mais de dois terços do país. Mas, enquanto isso, nos vangloriamos e festejamos o Carnaval... não que não goste disso, ao contrário: amo nossa festa. Só acho que os valores estão trocados.
Digo isso, porque o Brasil é o País do Carnaval. Por que todo mundo não pode participar de nossa festa? Pois, enquanto se investe pouca grana em infraestrutura, saúde, leitos hospitalares e transportes, no Carnaval são depositados todos os votos de sucesso e prosperidade. O Governo, ao invés de atrair admiração, subtrai incontáveis vidas. Um país que tem tudo para crescer acaba desperdiçando sua grandiosidade e desrespeitando à tão "pátria amada" que ouvimos falar. Mas, nada importa perante uma grande festa que fazemos anualmente: parece que nosso país se limita ao tão almejado Carnaval.
Somos tão conhecidos pelas festas carnavalescas, bundas semi-nuas, brasileiras carnudas, que até mesmo deformamos o verdadeiro valor dessa época comemorativa: a verdadeira festa é aquela que dura todo dia; é visível à olho nu. Se aqui no nosso país houvesse Carnaval todos os dias, jamais encontraríamos pobreza. Mas, infelizmente, nosso Carnaval tem prazo de validade; a vida das pessoas, não.





quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Soul Behind The Face

I urge to keep in mind the good thoughts. I promise myself the music will always propalate positive vibrations. I am willing to feel the deepest emotions from each person. I wonder if I will ever recognize how important my strengh is to go on. No matter how, things turn out to be all right, even if we can't realize it. The future is always there, but most of all, May God Always Be With Us Whenever We Call Him.