segunda-feira, 25 de junho de 2012

In the middle of the night...

Noite de São João. Fogos de artifício. Surpeendia-se a cada ano. Com as novidades, com as pessoas, com o amor. Mas sempre havia algo de inusitado e esperado, incontrolavelmente. Passaram-se algumas horas de sua estadia na festa de São João, quando, indesejavelmente, uma certa senhora, com seus sessenta e poucos anos, a via e viria estarrecer a pobre garota, tão indiferente à situação e tão desconfortável diante do que poderia acontecer brevemente. "Ô mulher chata!", pensava a menina. Prosseguiu-se, então, a conversa:

- Olha só quem tá aqui! - exclamou a sessentona.

- Olá!, disse a garota.

- Como você tá, bem?

- Tô ótima e você? - perguntou a menina.

- Ah, tô bem, minha querida. Como vai a faculdade? - esboçava um sorriso torto na cara.

- Tá tudo certo! - respondeu paulatinamente.

- Ah, que bom! Tá gostando?

...

É. Sabe essas conversas sem sentido? Todo ano, no mesmo lugar, a praticamente nas mesmas circunstâncias, sempre haveria de ter. Até que a senhora era uma figura, engraçada. Divertia a menina. O coração da garota ria incessantemente, anualmente, momentaneamente. Era, de fato, uma situação hilária e, por que não, what the fuck!
Talvez, não seja somente essa uma estória bizarra, mas tantas outras que caberiam no cotidiano metafórico de suas crônicas ininteligíveis.

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