domingo, 28 de outubro de 2012

Roger Federer: um espetáculo à parte

Roger Federer. O maior de todos. Nunca imaginei, em toda minha vida, que poderia vê-lo de perto um dia. Pois bem, poderia. Digo isso por que o suíço estará em São Paulo nos dias 06 e 08 de dezembro de 2012 para duas partidas-exibição no Ginásio do Ibirapuera, e, lamentavelmente, os ingressos já estão esgotados. Todos. Então, não poderei desfrutar deste momento ao vivo, de estar ao lado do meu ídolo.

Ídolo que mexeu com o meu coração desde os meus doze anos. Na época, não sabia o que era tênis ao certo, o que era ser fã de alguém, de um grande nome do esporte mundial. Era muito nova. Não conhecia as regras do jogo. Entretanto, comecei, curiosamente, à assistir as partidas de tênis -- não sei se por influência de meu irmão mais novo, que praticava o esporte, ou se foi por causa de meu pai, que acompanhava todos os jogos pela televisão. Só sei que é um dos atletas de maior notoriedade e humildade do mundo inteiro.

Conforme assistia às partidas de tênis, reparava que havia um certo jogador que sempre chegava às finais dos torneios, desde os menores aos majors ou Grand Slams. Era ele, Roger Federer. Um personagem peculiar, que tinha um estilo próprio de jogar. Esbanjava amor ao esporte, à cada jogada executada dentro da quadra. O cara que fazia sua própria arte com sua exoticidade. Suas jogadas geniais, seus slices perfeitamente executados faziam os adversários correrem -- e muito -- atrás da bola. Suas direitas potentes empurravam os oponentes para detrás da linha de base; belas esquerdas com angulações eram metidas na paralela e na cruzada de seus fregueses. Sem muita força ou potência, mas com muito jeito e técnica, sacava Roger Federer para dar um ace e fechar a partida, para a euforia de seus torcedores.

O suíço número um do mundo era assim: um gentleman dentro e fora da quadra. Com um visual elegante e todo de branco, pisava no Complexo do All England Club para triunfar mais um título de Wimbledon e, logo depois, nas noites charmosas londrinas, participar do jantar de gala ao lado de toda sua equipe técnica e de sua família. Uma pessoa que, durante o dia, brincava e cuidava de suas filhas gêmeas, ao lado de sua esposa Miroslava Vavrinec. Um esportista que, com todo seu carisma e simpatia, concedia entrevistas coletivas com a maior paciência, autografava camisetas e raquetes de tênis de seus incontáveis fãs, tirava fotos com a maior satisfação e orgulho em reconhecer o quanto era amado, vangloriado e respeitado pelo público. Um cidadão que atua como embaixador da Unicef e se propõe a ajudar crianças necessitadas: Roger Federer é definitivamente um modelo exemplar de ser humano a ser seguido por todos.

O suíço que, durante 301 semanas no topo do ranking da ATP, concretizou-se como o melhor jogador de tênis da história. O atleta que coleciona o maior número de Grand Slams disputados: 17 em simples em todos os pisos. Um exímio competidor que, anualmente, é homenageado pelos seus feitos históricos, virando até nome de rua em uma cidade da Alemanha. Federer já ganhou inclusive uma representação em forma de estátua. Um ídolo que virou a página do esporte e que, pela primeira vez na vida, virá ao Brasil para jogar e conhecer a diversidade das riquezas naturais e culturais do país. Um campeão que, certamente, me deixa em prantos e angustiada em não poder vê-lo daqui a dois meses. Um homem que, mais do que uma referência na minha vida, é uma paixão que alimento e que me faz feliz.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Jot down your comment