quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Além

...vento te faço minha canção...vento que me perfura a alma, sobrevoa minhas veias. sensação de sentir o mundo, sentir a paz que jaz perdura por este cais: o cais da Bahia, dos meninos abandonados, dos capitães da areia. como sinto falta de ler um bom livro...livro que me arrepia o peito, contrai meus músculos, faz derramar aquela lágrima última daquela menina sórdida, sem valor. vazia por dentro. cheia de saúde. vida. almeja vida. busca viver o desconhecido em uma terra sem dono, tesouros perdidos por aí estão. a menina só pensa em música. só quer uma boa música aos ouvidos. sentir o banho de chuva que limpa a alma em uma noite escura, misteriosa, silenciosa, triste. quem sabe um dia a verdade reinará, os pássaros voltarão a cantar na imensidão do azul, do azul do brasil, do azul do planeta água. água cristalina, cheia de impurezas e imperfeições. vejo meu reflexo por entre suas profundezas. sinto sua canção. a canção das mais belas já contempladas. escute-na, ela só quer te levar. junto à sua nascente, o escondeirijo secreto de todos os segredos da vida. carrego comigo o brasão da água: a emoção.

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